Kelly Slater

Kelly Slater
Clique na foto e veja o inacreditável

terça-feira, 10 de junho de 2014

Dom Antônio de Castro Mayer

The American Way of Life



Antônio de Castro Mayer foi bispo católico da Diocese de Campos, RJ, Brasil, e fundador e líder da "União Sacerdotal São João Maria Vianney". Nos anos 70 devido a sua resistência ao progressismo e ao modernismo teológico na Igreja Católica, foi apelidado de "Leão de Campos".1
Dom Mayer tornou-se inicialmente famoso como Bispo de Campos dos Goytacazes, devido às diversas "Cartas Pastorais" que escreveu, rechaçando o progressismo e defendendo os dogmas e a crença católica em sua diocese, sendo algumas de suas obras best-sellers no Brasil na época, e recebendo traduções em diversas línguas.
Dom Mayer tornou-se notório especialmente porque em 1969, com autorização do papa Paulo VI, preservou na diocese de Campos, a Missa de Pio V, não implantando a reforma litúrgica e editando várias cartas pastorais corrigindo novos erros doutrinários.
Depois de 1981, quando Dom Mayer torna-se Bispo emérito, seu sucessor na diocese, Dom Carlos Navarro, excluí e suspende todos os padres associados a missa do Rito de Pio V, que então, se reúnem na "União Sacerdotal São João Maria Vianney", chefiada e assistida por Dom Mayer. Posteriormente Dom Mayer e a União Sacerdotal tornam-se parceiros da Fraternidade Sacerdotal São Pio X e de Dom Marcel Lefebvre, e participam das sagrações dos Bispos em Écône, em 1988. Dom Mayer faleceu em 1991, e foi substituído na liderança da União Sacerdotal, por Licínio Rangel.
Dom Antônio faleceu ex-comungado , mas Dom Lefebvre foi "perdoado" e continuou sendo tradicionalista.






Dizem que os padres tradicionalistas são arcaicos. Não concordo, pois em 1989, Monsenhor Benigno, tradicionalista de Campos e meu padrinho de crisma, na homilia atacou os MCM(Meios de Comunicação de Massa) que controlavam o povo com programas de TV que enalteciam violência, traição conjugal e o sexo desvairado. Quando entrei na faculdade de comunicação social, cinco anos depois, tive uma aula de propaganda que criticava isso e o "The American Way  of Life"-a influência do poderio norte-americano na primeira metade do século XX e seus vestígios no presente .

Parabéns Monsenhor Benigno, Dom Marcel Lefebvre e Dom Antônio.



Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre e

Amanda Leisa Martins da Silva

domingo, 26 de maio de 2013

Heraldo Pamplona,o Rei das Piraíbas.

"Criei  o desenvolvimento e venda de pacotes de pesca no Rio Araguaia nas regiões de Luiz Alves, Fiovelasco ,Cristalino,Rio das Mortes, São Félix e Luciara.
Pacotes com os melhores guias da região: Os Reis das Piraíbas,com barcos novos de 6 metros de comprimento,confortáveis e equipados com motores de 40 HP.
Aqui você realmente vai conseguir realizar seu sonho de conseguir capturar,tirar belas fotos e fazer lindas filmagens para depois devolve-la ao rio,o troféu maior da pescaria de água doce brasileira,a PIRAÍBA.
Venha participar desta aventura!!!!!
Organizamos essa emocionante pescaria para vocês".


Vejam o serviço numa revista de pesca italiana
Matéria na revista Pesca e Companhia, Página 25









     
 
Revista pesca e Companhia de maio de 2013, onde se encontra a matéria supracitada
 "Pacotes de 6 dias,sendo 5 de pescaria na região do Fiovelasco e barra do rio Cristalino,com tudo incluído,barco,motor,piloteiro,quartos confortáveis com ar condicionado,café,almoço,jantar,bebidas (destilados não incluído),gelo e 20 litros de gasolina por dia.
Venha participar desta aventura
Organizamos essa emocionante pescaria para você!!!"
 
Heraldo Pamplona
Negociam-se pacotes: 21 95704488 ou
Email: heraldopamplona@globo.com
 Veja-nos no facebook http://www.facebook.com/ReiDasPiraibas
Olhem o Vídeo   http://www.youtube.com/watch?v=EYb6FThieEc&feature=youtu.be
Heraldo Pamplona 




Se for um desses que você deseja fisgar , tirar belas fotos , fazer uma linda filmagem e depois devolve-lo em condições perfeitas ao rio,venha realizar seu sonho na Pousada Rei Das Piraibas no rio Araguaia,por aqui agente pega mesmo e até de duas de uma vez!!!!! tel: (62) 96942796 — com Joyce Araujo. 
No facebook: https://www.facebook.com/pages/Pousada-Rei-Das-Piraibas/292150954277791?fref=ts

 

segunda-feira, 11 de março de 2013

O Destino e Adeus do Sr. Abrasha

Sr.Abrasha junto com sua amada esposa,Srª Asna, e que Deus os ilumine.


É com pesar que mais uma pessoa de luz e amor se vai desta vida, de sofrimentos e dor.
Sr, Abrahan Jaspan,  carinhosamente apelidado de Sr. Abrasha, eu o conheci por quinze minutos, ele era sogro do meu pai e tive uma lição de vida. Principalmente no que se refere ao destino. 
Um homem que aos 17 anos lutou na Segunda-Guerra Mundial, era Lituano,sua família foi dizimada pelo holocausto. perseguido pela SS(por ser judeu),  posteriormente pela NKVB, conseguiu enganá-los pela inteligência e cultura(poliglota sem ter sotaque),que lhe foram peculiares.  
No fim da guerra, junto com a Srª Asna, conseguiram ir à Itália para embarque do continente europeu, preterindo Israel e escolhendo o Brasil, onde casaram-se. Geraram dois Filhos: Salomão e Atalia(companheira de meu pai , que tem enteados maravilhosos).
A mensagem que sempre deixei para a Atalia,agora, transmito a todos, informo o que ouvi no dia que conheci sr. Abrasha: "Deus estabelece o nosso destino e jamais poderemos ir contra a vontade dele."
Depoimento:


Abraham Jaspan


Pai: Shlomo Jaspan

Mãe: Raquel Jaspan (solteira: Cernes)



"   Eu nasci em Kovno (Kaunas), na Lituânia. 
A família de minha mãe era relativamente rica. Meus tios, irmãos de minha mãe tinham uma indústria de meias (Fábrica Cotton). Minha mãe tinha participação na empresa como sócia minoritária e dirigia o setor de distribuição da empresa. Meu pai estudou engenharia, mas, trabalhava na contabilidade da empresa. Meus pais falavam Russo.  Eles não eram religiosos. Por parte da minha mãe, havia um tio religioso. Eu aprendi Idish com os amigos.
         Na Lituânia, os judeus tinham autonomia cultural. O próprio governo não queria gastar com a comunidade judaica, a maior comunidade não-católica do país (15 a 20% da população). Assim, a comunidade judaica era independente: tinha escolas, hospital, asilo de órfãos, asilo de idosos, Chevra Kadisha. Deste modo, apesar do pagamento de impostos, os judeus arcavam com tudo sozinhos.
         Na minha época de garoto, os judeus lituanos viviam numa coletividade fechada. De um modo geral, não se davam muito com goim (não-judeus); socialmente, era raro; o relacionamento era comercial.
         Eu vivi na Cidade Velha, onde, praticamente, 90% da população eram judeus. Os goim, eram operários, porteiros, etc. De modo geral, não tínhamos contato com goim. Havia anti-semitismo na imprensa ou quando estudantes judeus se encontravam com estudantes goim (às vezes havia até brigas). Judeus não freqüentavam escolas não-judaicas. Nas universidades, os judeus não eram admitidos: achavam sempre que a prova do judeu (vestibular) era abaixo da crítica. Por isso, os filhos de famílias mais ricas, eram mandados para universidades na França, Inglaterra, Alemanha.
         Aos cinco anos, fui estudar no Ginásio Schwabe, não-religioso, onde o Idish era proibido para não atrapalhar o aprendizado do Hebraico. A escola mantinha intercâmbio com escolas na Palestina: professores da Palestina vinham ensinar na Lituânia e professores da Lituânia iam para a Palestina aprender. Neste Ginásio, todas as matérias eram ensinadas em Hebraico: Matemática, Geografia, Latim, História Geral, conhecimento do Sionismo com Geografia e História da Palestina, Literatura Hebraica. Literatura Idish eu só estudei na época do domínio russo, quando nossa escola foi fundida com a Kommerzschule, depois denominada Scholem Aleichem. A nova direção da escola indicou uma aluna  da Juventude Comunista para estudar comigo para ver se eu e os outros alunos não continuávamos com o Sionismo.
         O Ginásio Schwabe era sionista. Meus pais não eram sionistas. Entrei nesta escola porque meus tios recomendaram. O meu sionismo é da escola. Os alunos eram de diferentes movimentos: Betar – Dror – Hashomer – Gordonia – a juventude do Mizrahi. Freqüentei o Betar porque gostava de esportes. Havia colônias de férias (três , quatro dias), com vários tipos de exercícios.
         O nosso Ginásio era do tipo do clássico que existiu no Brasil. O curso durava 11 anos. Quem terminava podia dar aulas em escolas primárias da periferia, porque aí é que faltavam professores.
         Não cheguei a lecionar porque recebemos o certificado de conclusão dois dias antes da 2ª Guerra Mundial nos atingir (1941). Provavelmente, se não fosse a guerra, eu teria seguido alguma carreira diferente por causa dos negócios da família.
         Durante a guerra, atuei como combatente soviético. Em 1945, com o fim da guerra, fui para a Itália ajudar no transporte de sobreviventes do Holocausto para a Palestina. Foi aí que conheci Asna (da Ucrânia), que era guerrilheira (Partisan) por quem me apaixonei e casamos.
         Tomei então conhecimento que minha mãe e minha irmã Judith  estavam vivas em Lodz (Polônia). Fui procurá-las e as trouxe comigo para a Itália. Meu pai não havia sobrevivido.
         Pretendíamos ir para a Palestina. Mas, para a Aliá B (ilegal), meu sogro era considerado velho (nascido em 1895). A idade máxima, para aqueles primeiros navios, era 35 anos porque precisava-se de gente com menos idade que ajudaria a construir o futuro Israel. Era preciso esperar. Minha mãe queria ir para os Estados Unidos, mas, havia quotas (para nascidos na Lituânia, três ou cinco mil) e na Embaixada Americana, em Roma, disseram que a lista estava esgotada: era preciso esperar dois ou três anos. Meu sogro, pai de Asna, queria vir para o Brasil onde tinha parentes de sobrenome Arkader. Assim foi decidido que viríamos para o Brasil.
         De Roma partimos para Florença onde conseguimos vistos. Havia uma determinação de Getúlio Vargas que limitava a entrada de judeus no Brasil, sendo que muitos se converteram para conseguir o visto. Só conseguimos vistos em Florença por intermédio de uma consulesa brasileira que desobedeceu as ordens de Getúlio Vargas e, por isso, foi demitida.
         Viajamos no navio italiano “San Giorgio”, pequeno, com um único andar para as camas: era um antigo navio hospital. As passagens foram pagas pela Cruz Vermelha.
A viagem durou cerca de dois meses por causa de um vazamento e, assim, ficamos um tempo em Las Palmas. Chegando ao Brasil, os passageiros tiveram que optar por São Paulo ou Rio de Janeiro. A maioria preferiu São Paulo, onde as condições de vida eram melhores.
Ficamos no Rio de Janeiro, onde o pai de Asna tinha parentes.  O Sr. Abel Arkader nos recebeu e ficamos hospedados por dois dias na Praça Tiradentes. Fomos então direto para a Abolição onde ficamos todos juntos num apartamento: eu, minha esposa, meu sogro, minha mãe, minha irmã Judith e mais três irmãos de Asna, na Travessa Santa Martinha. O apartamento ficava numa casa de dois andares: em cima morava o Leib (Leon) Arkader com a família (fizeram aliá); embaixo, nós moramos. Mas, o tio David Arkader disse que não ficava bem um homem (meu sogro) e uma mulher (minha mãe) viverem debaixo do mesmo teto sem serem casados. Aí, meu sogro e minha mãe casaram.
         Meu sogro e meus cunhados foram trabalhar klintele (como prestamistas). E eu cheguei ao magistério por acaso. O Srul Arkader tinha uma loja de roupas no Méier e vendia a mercadoria para klinteltshikes em consignação. Muitos deles apareciam na loja para negociar e conversar. Um dia, meu sogro estava lá quando apareceu o Simcha Arkader. Conversa vai, conversa vem, acabaram falando da Escola Bialik e comentaram que a Profa. Berta Kuznietz (de Hebraico) casou-se com um outro professor da escola (também de Hebraico) e que o casal faria aliá, ficando por isto a escola sem professor de Hebraico. Aí, meu sogro disse que o genro (eu) falava um perfeito Hebraico, além do Idish. Como não havia outro candidato, o Srul Arkader (que era o Presidente da Diretoria de Pais do Bialik) achou que talvez eu pudesse dar conta do trabalho. Fui até a escola e no dia 01/03/1947 eu já estava trabalhando de carteira assinada.
         Na Itália, depois da guerra, eu tinha ficado mais ou menos um ano e meio e aprendi um pouco de italiano (cheguei na Itália em junho de 1945 e saí em janeiro de 1947). No meu colégio eu tinha estudado latim. Então, dava para entender um pouco de português. Falar era difícil. Ensinei Hebraico por mímica. Assim, entrei para substituir uma professora e fiquei no Bialik até 1951. O diretor era o Dr. Moysés Fridman. Dei aulas para todas as séries do primário. Além de Hebraico, dei aulas de Tanach (“Histórias da Tora”). Também dei aulas particulares de Hebraico. No Bialik trabalhava a Profa. Golda Rubinstein dando aulas de Idish.
         Fui trabalhar também no Colégio Hebreu Brasileiro ensinando Hebraico. Aí, as aulas começavam às 7 horas da manhã. Eu saía de casa às 6 horas e pegava o bonde para a Tijuca, onde ficava o Hebreu Brasileiro. Trabalhava até mais ou menos às 10 horas. Aí, pegava o bonde e ia para o Bialik, no Méier, e trabalhava até as 17 horas. Depois eu ainda dava aulas particulares.
         No Hebreu, conheci o Prof. Berzon (que dava aulas de Idish), o Prof. Moysés Burlá (aulas de Tanach) e o Dr. Isaac Izecksohn (que era o Diretor). Neste colégio trabalhei mais ou menos dois, três anos.
         Como cheguei a Madureira? O ishuv (comunidade) de Madureira era muito ativo na vida comunitária. Se o Méier parecia um shtetl (cidade pequena), Madureira era a shtot (cidade). A comunidade fundou uma escola, mas estava dividida em dois grupos: o IKUF (progressistas) e os sionistas. Esses grupos brigavam muito entre si e houve uma ocasião em que acabaram na delegacia. Nenhum dos dois grupos tinha condições de fundar e manter uma escola sozinho: juntaram-se para fundar a escola. Mas, continuavam a brigar por causa da diferença de idéias, apesar de terem interesse comum na escola (I. L. Peretz): brigavam pela política. O Diretor da escola era o Prof. Iucht, um idishista que era tolerante. Na época, existia a Machlaká Lechinuch Uletarbut (Divisão Judaica de Educação e Cultura) aqui no Rio. A Machlaká recebia de Israel material didático para as escolas judaicas com o objetivo de ajudar os professores do ensino judaico.
         O grupo sionista procurou a Machlaká pedindo um diretor para a escola de Madureira. A Machlaká me procurou na escola do Méier para que eu assumisse a direção da escola de Madureira (que só tinha o primário). O Dr. Moysés Fridman me passou o pedido e sugeriu que eu aceitasse. Fui até lá para uma reunião e fui bem recebido pelos dois grupos. Eu já sabia da situação política dos dois grupos. A minha primeira pergunta ao Iucht foi por que me chamaram se ele ainda trabalhava lá – era dezembro. Ele me disse que não estaria lá no ano seguinte. Da Diretoria da escola eu quis saber se era para dirigir só a escola ou todo o centro cultural: era só a escola. Aí apresentei minhas condições. Falei sobre o programa que eu já seguia no Méier e que era o programa da Machlaká. Falei sobre o salário. Aí, apresentei a condição mais importante: as divergências políticas (sionistas x progressistas) ficariam totalmente fora da escola. Todos aceitaram e eu aceitei. Os dois lados cumpriram o trato.
         Dirigi o I. L. Peretz durante mais ou menos 5 anos. A escola se desenvolvia bem. Então, a Diretoria resolveu abrir o ginásio. Perguntaram a minha opinião. Eu disse que para fundar um ginásio era preciso passar por trâmites legais e eu achava que era difícil arriscar. Mas, foi decidido criar o ginásio e já havia um professor para assinar como diretor do futuro ginásio (José Orind).
         Quem me ajudou a passar por todos os trâmites foi o Prof. Moisés Genes, que me dizia onde ir e com quem falar. Havia, por exemplo, a obrigatoriedade do ginásio ter uma sala de ciências. O Prof. Genes pegou emprestado no Colégio Scholem Aleichem (onde era o diretor) o laboratório todo e mandou para Madureira. Quando veio a inspeção verificar as condições do futuro ginásio, já encontrou um laboratório. Depois da inauguração, ainda trabalhei em Madureira nos dois primeiros anos do ginásio.
         O primário e o ginásio do I. L. Peretz eram muito elogiados. Os vizinhos não-judeus queriam mandar os filhos para a escola e eu aceitei. Os alunos não-judeus acabavam assistindo as aulas de Ensino Judaico por escolha própria.
         Saí de Madureira porque a Escola Max Nordau precisava de um diretor de Ensino Judaico. A escola funcionava na Rua Francisco Otaviano (primário). A medida que o íshuv (comunidade) da Zona Sul crescia, a diretoria comprou um terreno na Rua Prudente de Morais para fazer o ginásio. A Machlaká pediu que eu aceitasse o cargo e eu assumi o Max Nordau, na época da fundação do Ginásio.  Nessa época, morávamos no Méier. Fiquei no Max Nordau. Depois, dei aulas no Liessin.
         A turma (os alunos) de Madureira era excepcional. Os que saíram do I. L. Peretz eram bem preparados. O ishuv de Madureira tinha uma vida familiar judaica como na Europa (muito família). Na hora do lanche, as mães traziam a merenda para os filhos e viam se eles comiam; queriam saber como os filhos estavam no estudo. Era gente simples que falava Idish. Resolvi, também, unir os garotos para fazer esportes e jogava-se contra outras escolas.
         As crianças do Méier e de Madureira eram mais educadas, não tinham problemas disciplinares e respeitavam a escola. No Max Nordau e no Liessin, elas eram mais soltas. Vários alunos das escolas foram meus alunos de Bar-Mitsvá.
         De modo geral, os pais não tinham pelas matérias judaicas o mesmo interesse que por outras matérias. O melhor resultado no ensino foi no Bialik do Méier. A melhor convivência com o ishuv (comunidade), a Diretoria de Pais e os alunos foi em Madureira. De Madureira sinto mais saudade do que de todo e qualquer lugar.
         A formação dos professores de Hebraico, no início, era um problema. Na Escola Hertzlia foi fundado um curso. Mais tarde, vieram professores de Israel e o curso acabou.
         Trabalhei, também, como voluntário para o Karen Kaiemet, organizando as festividades judaicas para a comunidade.
         Na Abolição, a coletividade era pequena e, sendo o Méier próximo, era lá o centro de tudo, tanto do comércio como das festividades religiosas e encontros sociais.
         Havia boas relações entre as coletividades do Méier e Madureira. As disputas entre sionistas e progressistas em Madureira eram bem mais fortes porque a comunidade era mais ativa. Os grêmios do Méier e de Madureira reuniam muitos jovens com noites dançantes e conferências.
         A maior parte dos judeus do Méier, Madureira e adjacências trabalhava klintele (como prestamista). No Engenho de Dentro havia as oficinas de fabricação de vagões do governo e os funcionários recebiam o vencimento em dia certo e os que trabalhavam klintele faziam a cobrança neste dia. Muitos judeus se deram bem e conseguiram abrir lojas. Na Rua Adolfo Bergamini, no Engenho de Dentro, por exemplo, o comércio era muito ativo e freqüentado.
         Acho que este trabalho pela memória da coletividade da zona suburbana da Central do Brasil ficará registrado no Museu Judaico como lembrança de uma vida feliz e ativa de imigrantes e merece elogios.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Meus professores e amigos que já estão na espiritualidade. à esquerda Dr. Carlos José,
 extremamente culto e disciplinador  e ao seu lado Ivan de Castro.
Dois mestres com uma luz incrível e
 um dia Deus me dará chance de trabalhar com eles.

sábado, 18 de agosto de 2012

A luta contra as drogas

Minha nova luta agora é contra as drogas. Meu eterno professor Nelson Duarte, vice-presidente do Lar de Frei Luiz, uma das instituições de caridade mais respeitadas no mundo, me convidou para participar do grupo que promove, na parte espiritual, a recuperação de dependentes químicos.Fico como médium de apoio, mas gostaria que qualquer pessoa, de qualquer religião, nos procurasse se estiver necessitado. Acho um trabalho muito bonito e sinto-me útil. Gostaria que vissem as transformações que as drogas fazem nas fisionomias das pessoas .
Outra coisa, álcool é droga e sou totalmente contra a maconha, principalmente, pois é um trampolim às drogas piores sendo a bebida uma que deixa sequelas.
 As drogas são um câncer na célula da sociedade, a família, e quem promove a sua venda são marginais(que significam fora do meio social, ou avessos às leis para que se possa viver harmoniosamente).
Quem quiser ajuda, mande um email. Terá apoio de psicólogos, psiquiatras, terapias holísticas e será tratado como gente, não como presidiário em uma clínica de recuperação. 


 Veja o calendário de 2014 e programe-se(observe reunião Pública/ Dep. Química). O horário é das 18:30h(consta no calendário o início as 19 horas e pedimos que cheguem no horário informado pelo Blog, para efeito de harmonização) até as 21h. Contem com a gente. Vejam acima a entrevista do Vice-Presidente do Lar de Frei Luiz, Nelson Duarte Jr , sobre o trabalho.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Esse é o orgão que mais fere o próximo, ou que mais traz felicidade


A LINGUA

Meus irmãos e amigos, os livros sagrados da Índia são uma epopéia e uma canção. Através deles, Krishna doutrina os homens. A doutrina objetiva a elevação e o soerguimento do homem, da elevação espiritual e do alto conhecimento e se encontra no livro intitulado "O Baghavad-Gita". Este livro diz, como eu já tenho falado, que há dentro de nós um sublime amigo, que não trai, mas o homem nem a mulher compreendem que Deus está dentro de cada um. E, não crendo, não o procuram, não o sentem e não o respeitam. E, ignorando que Deus é uma lei universal, se expressam através da fala sem cogitar dos prejuízos tremendos que a sua língua ocasiona. Desconhecem as forças cármicas que a língua aciona e que atraem para si próprio.
Vamos, paulatinamente, mostrar a cada um dos irmãos ouvintes a responsabilidade daqueles que não sabem frear a língua e a usam para juízos temerários a respeito de seus semelhantes.
Das palavras de Jesus, no Evangelho de Luz como diz o Profeta Thiago: "São tremendos os tropeços da língua". Através da língua, o homem se envaidece, se considera um mestre superior a todos os irmãos, mas, esse homem se esquece de que, através dessa insânia, ele prejudica a si mesmo. Porque nós temos que imitar, nos dias atuais, a Jesus, nosso Mestre, que foi humilde de coração. A língua, este pequeno membro é um instrumento terrível. Como disse Thiago, ocasiona ao homem e a mulher coisas que agravam o seu carma, o seu futuro espiritual, pois desvia cada um do seu caminho reto, da estrada perfeita que Jesus Cristo traçou.
Vejam os animais: o cavalo, por exemplo, tão submisso. Um simples freio na sua boca o domina e o dirige completamente. Vejam os barcos com velas possantes, que o vento conduz daqui para acolá dirigidos por um pequeno leme. Vejam meus irmãos como uma pequena fagulha incendeia um grande bosque. Assim disse Thiago: "A língua é um fogo tremendo." Está cheia de iniquidade. Está cheia do mau. Ela inflama a roda de nossos nascimentos e nos atrai para mundos infernais. As sábias palavras de Thiago nos alertam sobre o nosso comportamento no lar, quando em torno da mesa devemos manter o silêncio e agradecer a Deus, evitando usar a língua para criticar e julgar. Um comportamento contrário revela a nossa falta de religião e que estamos afastados dos ensinamentos de Jesus.
A língua é uma iniquidade porque ela ocasiona as guerras, as conseqüências terríveis para a humanidade, como ocorreu durante a inquisição. É a língua a responsável pela nossa presença neste grupo e por aqueles que vêm juntar-se a nós atraídos pela lei de causa e efeito, pois como disse Paulo (Epístola aos Romanos III): "Ninguém na Terra é inocente, todos são pecadores." A língua é como uma víbora dentro da boca, capaz de tanta maldade, pode envenenar, destruir a todos os irmãos. E, porque? Diz o apóstolo que essa língua traz em si grande iniquidade, porque já cometemos erros através dela, dos falsos elogios, da calúnia, do mal que ocasionamos à humanidade devido à nossa invigilância. A roda do nascimento nada mais é do que a lei cármica, a lei de causa e efeito, que se agrava, que aumenta o carma e consequentemente as dores, pois a lei de causa e efeito é inexorável.
É como disse o grande cientista Einstein, "a lei de todo o universo e do cosmo". Ninguém pode infringir essa lei impunemente. Se todos compreendessem isso cada um guardaria o máximo cuidado no falar palavras fúteis, superficiais, que redundam em atrações dessas forças inferiores, infernais que significam lugares inferiores, imundícies, pestilência, peçonha, como, disse o apóstolo. Estes ensinamentos têm muito a ver conosco nos dias atuais, pois usamos a língua para espalhar boatos, notícias mentirosas, pois o apóstolo Paulo, na Epístola aos Romanos III, afirma: "Todo homem mente." É incentivado pela língua a fazer comentários e tomar posição nas conversações objetivando aspectos para fazer o mal, progredir e se disseminar por todo o universo. Portanto, se o nosso carma é doce, brando, nós podemos nos desviar dele pelo mau uso da língua no instante em que não escutarmos as verdades que nos tocam o coração. É o que o profeta Isaías dizia, tristemente: "Senhor, quem creu na minha pregação?" Têm olhos para ver mas não vêem; têm ouvidos para ouvir, mas não escutam. São todos insensíveis às coisas do espirito. Fogem espavoridos porque já estabeleceram, através da língua, "aliança com o mal".
E, portanto, nós verificamos que a língua viperina causa o mal a nós próprios. Causa a nossa degradação através das iniquidades para nós e para os outros, pois, segundo a lei, tudo que se faz através do pensamento, das palavras e da ação, se repete num ciclo doloroso a fim de que pela dor a criatura compreenda que tem que estabelecer o equilíbrio do universo e do cosmo.
E, assim sendo, as aves, os répteis, todos os animais marinhos, como diz o apóstolo Thiago, podem ser modificados, domesticados na sua natureza pela ação humana.
Mas a língua, este terrível instrumento, o homem quase não pode domá-la. As vezes toma algumas providências, mas de repente, cai nas ciladas terrível das críticas, das condenações e dos julgamentos indefectíveis para outrem, mas retroativo para aquele que assim procede. A lei funciona não imediatamente. Tempos depois, às vezes dias depois vem a doença porque a língua tem peçonha. E porque o apóstolo Thiago afirma que ela tem peçonha? No capítulo III do Novo Testamento, ele diz que quando proferimos uma mentira, um embuste, um engano, uma traição, uma calúnia a quem quer que seja, nós estamos criando um carma terrível. As forças do universo sentem este abalo de cada criatura porque nós não vivemos só na nossa família. Nós também estamos sujeitos, como já foi dito, à lei cármica, a lei universal e aos conselhos e advertências de nosso Senhor Jesus Cristo.
E com essas conversas, com essas coisas fúteis, superficiais, nos tornamos cada vez mais intoleráveis pela boca. Ouvimos o que não devemos ouvir porque a língua atrai dessas fontes de imundícies para nossa aura, espíritos trevosos, animalescos. E como eles querem destruir, fazer sofrer, nós sentiremos no corpo essas infecções, essas necroses. Tudo ocasionado pelos mesmos erros do passado.
Assim, a língua em conseqüência do nosso relacionamento com as trevas, com os núcleos de maldade, atrai essas forças negativas para os nossos lares, para os nossos locais de trabalho, e a nossa vida se torna insuportável.
E quando as vítimas recorrem à médicos, a infecção já campeia completamente, porque a nossa língua infeccionou todo o nosso corpo. A língua contamina todo o corpo com nossa conversação inconveniente.
Portanto, uma boca que foi feita para abençoar, uma boca que foi feita para amar, uma boca que foi feita para estimular uns aos outros, porque esta é a nossa obrigação, maldiz se enfurecendo repentinamente. E as forças animalescas penetram sem a criatura sentir, mas deformam o rosto. Os órgãos sentem choque terrível da maldade e a língua, que devia abençoar, amaldiçoa pela vingança, pelo ódio, pela vindita.
Mas diz Thiago: "Uma fonte, uma manancial de água doce não pode ser amargosa." Não colherei da figueira outros frutos diferentes. "As videiras não produzem figos e , portanto uma língua para abençoar é como uma fonte que é pura e não pode dar, ao mesmo tempo, água doce e amargosa".
Estes ensinamentos representam, através da língua, a nossa saúde, a nossa paz, a nossa mocidade, a nossa juventude, porque pela conduta do homem nunca o espírito envelhece. Além disso (vamos repetir de novo Thiago); diz ele no Cap. I: "Nós fomos criados pela palavra da verdade e esta palavra é Deus." É manifestação em, todo o Universo como força primordial de todas as forças. E esta palavra de verdade nos delegou poder de ser as primícias de todas as criaturas. Portanto, o homem que, depois dos animais, foi criado para essas primícias, não pode se animalizar, bestializar-se, ligado a essas forças trevosas que só querem nos massacrar.
Então, o apóstolo diz, que todos nós devemos ter o cuidado com a prática da palavra; que devemos ser tardios para falar, que devemos ser tardios para nos irritar, porque através da irritação penetram em nosso corpo todos esses germes malignos. E não haverá assepsia mais perfeita quando o nosso corpo já estiver completamente infectado devido ao mal uso da língua. E, para evitarmos isso devemos ouvir a palavra que nos toca o coração e sermos não ouvintes fáceis, que se esquecem destes ensinamentos e mergulham nas coisas do mal e da ilusão.
Essas criaturas representam um viajante no deserto, que vê uma miragem, coisas belas e reais e, de repente, chega a conclusão de que tudo aquilo é mera ilusão. Não devemos nos enganar. Os ensinamentos de Jesus não podem ser pregados em vão. Devem fazer parte de nossa vida como um meio mais eficiente para, através da nossa língua, podermos estar em comunhão com Deus.
Portanto, não devemos ser ouvintes para sairmos daqui e esquecermos tudo. Devemos ser obradores, operadores dessas verdade evangélicas, para o nosso bem e a nossa felicidade porque Deus criando-nos pela palavra da verdade, nos tornou criaturas, viventes, sempre, eternamente, quando nós cumprimos a lei. E não dentro de quimeras, de lisões, de futilidade, que travam completamente o objetivo do homem na terra, objetivo este que é engrandecer-se, ser feliz e não adoecer.
E, então, diz o apóstolo, que todos nós deveríamos nos cingir por uma lei que se chama "lei da liberdade", porque Deus não criou seus filhos para que eles vivam
jungidos á escravidão. A liberdade do espírito domina em todo o cosmo e no mundo invisível. E, nesta lei de liberdade, nos seremos automaticamente, conscientemente, julgados por nós mesmos. O homem que ouve essas palavras e as esquece completamente, é como aquele que vai a um espelho, vê a sua fisionomia e, ao afastar-se do espelho, esquecer a sua aparência. Mas, aquele que vive dentro da liberdade, a lei cármica, a lei criada por Deus, compreende o que é a verdadeira religião. A verdadeira religião é reprimir a língua, porque não é
adorando ídolos,. em coisas exteriores, acendendo velas, como estamos vendo, que Deus nos escuta.
Deus nos ouve pela nossa palavra de verdade, quando nós abrimos nossa alma para ele; quando vivemos de acordo com as leis que seu filho unigênito trouxe á terra, as quais devemos seguir e alcançarmos através da estrada estreita, que é o caminho da nossa redenção. Então, poderemos falar com Deus, poderemos seguir os ensinamentos daqueles que há 5.000 anos AC já anunciavam que Deus está dentro de nós. Mas precisamos reconhece-lo dentro de nós. E como isso será possível se a nossa língua viperina continua caluniando, julgando e condenando o nosso próximo?
Portanto, dentro dessa lei de liberdade, segundo o entendimento do grande apóstolo Thiago, nós reconheceremos que a verdadeira religião é refrear a língua. E, nesse refreamento da língua é quase impossível não perdermos o rumo para a nossa felicidade e a nossa redenção, atenuarmos as arestas rudes do nosso carma, de lei de causa e efeito e fazermos com que cada dia sejamos um exemplo digno de um servo de Jesus.
É pela lei de liberdade que nós seremos julgados e, portanto, devemos pensar que, livres do espírito, nós podemos alcançar as alturas e não as profundidades terríveis das trevas.
Meus irmãos! Vamos confirmar essas palavras através de um espírito de escol: o nosso irmão Emmanuel, diz ele que a palavra pode conduzir a humanidade a caminhos muito diferentes para a evolução do seu espírito e atingir o objetivo, porque quando há sinceridade há humildade no coração. O homem através dos testemunhos que acompanham essas palavras, colabora cada um na sua individualidade pelo progresso da humanidade, pelo que foi dito por homens sábios, pela própria história verídica e pela benéfica dos outros. E, então, esta palavra é palavra divina? Esta palavra é palavra que vem do alto porque esse homem refreia a sua língua, temerosos de errar com toda a humildade de errar, de ser traído pelas trevas, porque as forças trevosas, nos dias que estamos vivendo, os últimos ciclos de vida na terra, procuram, cada vez mais aliciar prosélitos a fim de que possam manter as energias do núcleo, usando da nossa vitalidade, vampirizando-nos.
Nós temos um celeiro divino de onde vem todos os recursos para nós nessas horas difíceis. E, em vez de atrair o Divino Mestre para nós, através do Cristo, nós nos perdemos, nos clivamos numa paliçada atraindo os inimigos do Cristo, que é o Anti-Cristo. Cuidemos, pois da nossa língua!
Houve um médium extraordinário em sua época, Emmanuel Swíndberg, que, falando a respeito da língua, disse: A nossa língua tem que ser conservada. Como disse o apóstolo Paulo, para que em nós repercute a língua dos anjos a nossa língua tem que aprender, através da sua repressão, a linguagem dos espíritos de luz, pois os anjos falam uma língua muito difícil de ser compreendida na Terra. Os espíritos também falam uma linguagem não compreendida, muitas vezes, pelos homens.
A linguagem dos espíritos, por mais elevada que seja, não encontra no homem, na humanidade, o meio necessário para que ela, seja ouvida. Dai o que afirmou Isaías e todos os apóstolos. Porque para que nós sintamos a ação espiritual, a ação benéfica dos espíritos, dos nossos verdadeiros amigos, é preciso uma condição, uma postura da língua, uma postura em que nós, com toda humildade, reconheçamos o poder de Deus, sua justiça indefectível agindo sobre nós. E, é, então, com a humildade no coração, verificando, auto-examinando, fazendo uma introspeção diária do nosso egoísmo, da nossa vaidade, do nosso orgulho, da nossa necessidade de sofrer, que abrimos uma porta. Temos á nossa disposição um verdadeiro telefone pelo qual os espíritos de luz vêm nos ajudar, nas horas difíceis, comunicando-se conosco. Isto tem sido assim desde os primórdios da humanidade.
Em Israel, havia um homem chamado Elcana, que tinha duas esposas como era hábito naquele tempo. Ana era uma dessas esposas, profetiza e estéril; a outra era Penina, vaidosa pela prole que tivera com Elcana, por isso procurava sempre, com má língua, destruir sua companheira, procurava sempre faze-la sofrer pára que se
afastasse do seu esposo. Um dia ambas se encontraram no templo e Exana aproveitou a ocasião em que comemorava Jeová, para julgar e condenar Ana, lançando-lhe um terrível ódio. Ana deixou o templo triste porque tinha ido ali para se comunicar com Jeová, o Deus dos Judeus. O coração de Ana enfraqueceu pela tristeza e pela falta de alimentação. Elcana que muito a amava lhe perguntou: porque estás triste? Porque teu coração está conturbado? Porventura eu não te acato? Eu não te amo e te respeito? Porventura eu não te amo mais do que aqueles oito filhos que ela me deu?
E ela, não satisfeita, foi ao templo. Orou com todo coração, com toda a ternura a Deus e pediu para que um filho nascesse. Mas, no templo, como era comum, as orações eram feitas coletivamente e em voz alta, pois, pensavam eles que assim. Deus ouviria suas preces.
A palavra "oração" vem do latim, significando "ores=boca". Boca aberta, proferindo algo. Mas, "oração" não é isso. Oração é a alma aberta ao Criador, ao nosso pai, a Jesus, vibrando em todo o nosso ser para atingirmos o estado de prece.
Assim, em estado de prece, Ana orava. Lágrimas escorriam em suas faces. Ela balbuciando, conversava com Deus. Aproximando-se dela, o sacerdote Eli ouviu aquele balbuciar muito tênue e. perguntou-lhe: "Ana, tu estás embriagada?" Tu estas dominada pelo vinho?"
Ela respondeu-lhe: "Não Senhor! Eu não estou dominada pelo vinho. Eu não tenho esse hábito. Eu converso, eu me manifesto com toda a alma aberta. Ao meu Deus que ele me dê, como deu a Ester, um filho"
E Deus ouviu suas preces porque o sacerdote Eli imediatamente disse: Abençoada seja! Que Jeová te de uma progenitura! "Que Jeová te encha desta plenitude da vida que ë a procriação, pois para isto vieste á terra".
E nasceu Samuel. No capítulo I, vocês verificarão que Ana, recata na humildade e nas preces, teve ímpeto de levar o filho ao templo, como era hábito do povo de Israel. Chegando ao templo, completamente transtornada sob a influencia de sua mediunidade, lançou a toda humanidade um cântico, semelhante àquele magnífico de Maria. Este canto ficou conhecido como o "Cântico de Ana". Este é o cântico que a nossa boca deve proferir: "Senhor!" Eu me alegro neste instante, porque tu olhaste para a humildade da tua serva. Senhor! Tu me tiraste da fraqueza, das calúnias, do ódio, ajuda aquela irmã. Senhor! Tu me elevaste além de quaisquer condições delegando-me o poder. Tu nos lança no Sheol e nos eleva. Tu partes a flecha daquele que se considera forte. "Tu te unes ao fraco para o poder da vida".
"Senhor, tu ajudas ao santo protegendo os seus pés e deixa os ímpios, os faladores vulgares, os caluniadores calados nas profundezas do mal. Senhor! Eu reconheço que nenhum homem prevalecerá pela força.
Ë o amor, meus irmãos! Este cânticos que se acha registrado na Bíblia representa para todos nós um ensinamento aos nossos corações a fim de podermos viver felizes tanto na vida material como na vida espiritual. Todo o universo obedece a um ciclo de vida e "morte": Nascer, viver, morrer, renascer, reviver. Porém quando não refreamos a nossa língua como o apóstolo diz, nós estamos em decadência espiritual, como conseqüência do julgamento que fazemos sobre os nossos irmãos.
A palavra tem um poder divino quando é seguida por atos e ações meritórias. Quando não é assim, são discursos inertes, inúteis, que não tocam o coração e não fazem vibrar a alma. Nós devemos viver permanentemente em aliança, através da castidade da nossa língua, através do exemplo dos nossos atos, para que, com a humildade que teve Ana, que teve Jesus e todos aqueles que deixaram um exemplo de luz para a humanidade, um meio mais fácil para estabelecermos, cada dia, a comunhão com Deus. E esta aliança nós não devemos perder, como diz aquele médium do século XVII: "Esse contato com Deus, devemos fazê-lo todo dia, acautelando-nos com a nossa língua para que ela não seja a causa do mal em nós, dos nossos próprios prejuízos ocasionados pela nossa vaidade, pelo nosso orgulho, pela nossa prepotência".
Quando os fariseus procuraram julgar os discípulos de Jesus porque eles comiam sem lavar as mãos receberam um ensinamento, que ficou para toda a humanidade e que não devemos esquecer. "Não é o que entra pela boca que faz mal." O que entra boca vai ao ventre e sai para lugar escuso. o que sai da boca é o que envenena o homem, que infelicita o homem. Porque a boca fala daquilo que há no coração. Assim o nosso coração deve ser sublime no amor, no perdão, não condenando a ninguém, nem julgando a ninguém, a fim de não atrairmos para os nossos lares estas forças ignaras, que só querem nos desviar de meta da vida, do objetivo preponderante que é viver em paz e feliz. Se a boca fala daquilo que está no coração, como disse Jesus, o homem mau tira a maldade de dentro de si mesmo. O homem bom tira só bondade do seu coração e não engana a ninguém. Assim, todos os que se dizem religiosos devem compreender estas palavras de Jesus, pois, como disse Thiago, elas são a verdadeira religião, Nós compreendendo o nosso dever religioso, refreamos a nossa língua, os nossos instintos, deixando o nosso coração viver puro em harmonia com todos os outros órgãos. Não desfalecemos porque o Senhor está dentro de nós, sentindo e suprindo todas as nossas necessidades.
Além disso, Jesus deixa, através de Lucas, Cap. VI, todos esses conselhos: não condenar a ninguém, não julgar a ninguém, pois da mesma maneira que julgarmos aos nossos irmãos seremos julgados, Jesus deixou bem clara esta sentença para aqueles que sem compreensão e que não vivem na formalidade dos sentidos, no orgulho e na vaidade, pois todas essas coisas entopem os nossos ouvidos. Jesus deixou claro uma norma de vida para que a humanidade não caia nas malhas da lei de causa e efeito. Ninguém, quando caminha para o bem deixa de satisfazer essa lei do Carma. Se todos os homem compreendessem que o mal é para eles próprios, como disse Jesus, é a sua condenação, não haveria maldade, não haveria pessoas aumentando sua culpa, seu pecado, como hoje acontece.
Se as religiões se preocupassem em ensinar verdadeiramente isso, se cada um fosse o sacerdote da sua fé, da compreensão e da Lei Divina haveria uma humanidade onde ninguém faria o mal, porque já sabia, antecipadamente, que esse mal recairia sobre ele. E, pelo egoísmo humano; pela compreensão humana, temeroso efe não faria mal a ninguém. No futuro, essa humanidade será realmente cristã, pois, então, como disse o padre Alta: "Cristianis-Alta Cristi" - O Cristo está dentro de nós. Cristianismo é vivência. É experiência em Deus. É prática constante da caridade e do bem. É contenção da língua diabólica, que causa enfermidade e dor. É justamente aquilo que Thiago falou: O auxílio ás viúvas desamparadas, o auxílio as criancinhas órfãs, para que não haja, no futuro, párias na sociedade e cada criança cresça, seja educado com a noção do poder que está dentro de cada um. É compreender que a força bruta não educa a ninguém. 0 que educa é a humildade daquele que é educador e o educando recebe essas vibrações de amor e se modifica".
Portanto, cada um de nós, cônscio dessa responsabilidade, não condenará a ninguém, não condenará as autoridades, não julgará á ninguém porque, como vimos no tema de hoje, quando aquela adúltera ia ser apedrejada conforme a lei, o Mestre imediatamente se comunicou com o Alto (como sempre devemos fazer em circunstâncias difíceis), e disse: "Quem estiver isento de pecado atire a primeira pedra". Ninguém atirou a pedra porque todos eram pecadores. Como também pecadores somos todos nós, pois temos dentro de nós um tribunal divino que é a própria consciência.
Livrando a mulher daquela condenação terrível, daquela grande humilhação pública o Mestre amorosamente apenas a aconselhou: "Vá e não tornes a pecar."
Meus irmãos, não errem mais pela língua, ajudem a vencer a tentação que assalta a toda a humanidade, seguindo os conselhos de Jesus, porque, a voz que desce do alto é mansa, humilde, pacífica, tolerante, harmônica e traz para cada um a alegria de viver. E é esta alegria, que reina no mundo espiritual. É desta alegria que Jesus quer que a humanidade hodierna desfrute, evitando os caminhos
que podem conduzí-las ás forças do mal. Jesus deseja que a humanidade siga feliz e não sofra. Portanto, repassando: Se nós quisemos falar a língua dos anjos, se nós quisermos fazer a caridade, se nós dispusermos, hoje a conter a língua, não devemos julgar a ninguém, pois esta precipitação de julgar é força mimiga que está dentro de nós querendo a nossa queda. É, como á disse, um motivo de enfermidade, de infecções terríveis, que a medicina não pode curar. Mas, a maior assepsia para o nosso corpo e o nosso espírito é manter a aliança e o contato com Deus .com o refrear de nossa língua, para vivermos em paz e felizes.
Graças a Deus!
Palestra psicofônica do irmão LUIZ DA ROCHA LIMA, domingo, 21-04-1985. Assunto determinado por FREI LUIZ, sob inspiração do mesmo e do FREI BENEDITINO KELLY.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Até Logo, Mãe


Minha mãe com minha filhinha que herdou a boneca Aninha

Acabou a jornada terrena de minha mãe, agora ela vai colher os bônus no céu, já que purgou muito aqui. Mãe eu vou fazer tudo que me pediu, como consertar o banheiro, mas não fica brava comigo porque a Bia quis a Aninha. Minha filha não é boba, quando a mãe dela começou com a história de descanso da senhora a Beatriz já disse logo: "vovó morreu". Morreu sim para essa vida de interesseiros e materialistas daqui da terra, mas continua viva em nossos corações e ela está se tratando com os amigos de Jesus: o vovô Aluísio, a vovó Ione, tia Ruth e outros mais. Eles fizeram um quartinho para senhora no céu e na casa há um cômodo para cada membro da família. 
Não se preocupe conosco e sinta a felicidade de ver seus pais e entes queridos. O cachorrinho que ganhei lambia as minhas lágrimas de saudades quando eu soube da sua partida e ele é um bom companheiro, como a senhora me disse que seria.
Enfim, agradeço os ensinamentos e contra vontade divina não podemos nos opor. O amor e a dedicação a seus filhos foram inigualáveis , exemplar e a senhora está de parabéns, pois cumpriu o seu papel como mãe. 

Beijos , te amo e obrigado,


Marcelo Silva Ferreira Landim
Vovó Ione, sua filha e minha mãe, Sônia Landim